Adele vs Toninho Geraes
- Comunicação Music Stream
- Mar 20
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Adele plagiadora? Laudo técnico confirma semelhanças com música brasileira
O caso de plágio envolvendo Adele e o compositor brasileiro Toninho Geraes ganhou um novo capítulo. Um laudo técnico de 25 páginas, elaborado por Rafael Bittencourt, fundador da banda Angra, foi anexado ao processo que Toninho move contra Adele, o produtor Greg Kurstin e gravadoras. O documento confirma que "Million Years Ago", de Adele, teria copiado trechos substanciais de "Mulheres", música composta por Toninho em 1995.
Laudo aponta semelhanças claras

O laudo, apresentado ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), revela que a progressão de acordes, a estrutura melódica e as pausas vocais de "Million Years Ago" e "Mulheres" são praticamente idênticas. Bittencourt também destacou que a introdução de "Mulheres" foi reproduzida com poucas variações na música de Adele, incluindo o refrão e o final. Outro ponto relevante é a semelhança fonética entre "mulheres" e "Million Years", especialmente com o sotaque britânico de Adele. Os detalhes foram divulgados pelo Uol.
Laudo é "demolidor e irretocável"
Fredimio Biosotto Trotta, advogado de Toninho Geraes, classificou o laudo como "demolidor e irretocável". Ele explicou que a análise foi solicitada pela equipe jurídica, que inclui a advogada e musicista Deborah Sztajnberg. "O pedido para que o Rafael analisasse o caso e, chegando à conclusão do plágio, emitisse o laudo, partiu de nós", afirmou Trotta.
Processo em andamento desde 2024

O processo, aberto em 2024, alega que "Million Years Ago" copia partes substanciais de "Mulheres". A defesa de Toninho exige o reconhecimento de coautoria e indenização por danos morais e materiais, com o valor calculado com base nos royalties recebidos por Adele, Greg Kurstin e pelas gravadoras.
Em dezembro de 2024, a Justiça do RJ determinou a retirada de "Million Years Ago" das plataformas digitais, citando uma semelhança "indisfarçável" entre as duas músicas. Foi estabelecida uma multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento, mas os advogados de Toninho afirmam que a música ainda está disponível em algumas plataformas, o que pode resultar em multas adicionais.
Queixa-crime e posição de Toninho

A equipe jurídica de Toninho também entrou com uma queixa-crime por falsidade ideológica contra Adele, Kurstin e as gravadoras, alegando irregularidades em documentos apresentados pela defesa dos réus, como "rasuras e entrelinhas à mão".
Toninho, afirmou que não permitirá o retorno da música de Adele às plataformas. "Eles nunca se importaram comigo ou com o processo, então por que eu iria me preocupar com eles?", declarou ao O Globo.
🔎 O caso segue em andamento, e o desfecho pode ter um impacto significativo na indústria musical global.