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Artista independente processa Suno e Udio por uso indevido de músicas para treinar IA

  • Writer: Comunicação Music Stream
    Comunicação Music Stream
  • Jun 25
  • 2 min read

O embate entre criatividade humana e inteligência artificial acaba de ganhar um novo capítulo, e dessa vez com um artista independente como protagonista.


Tony Justice
Tony Justice

Tony Justice, cantor country norte-americano, entrou com duas ações coletivas contra as plataformas Suno e Udio, alegando que suas músicas foram usadas sem autorização para o treinamento de sistemas de inteligência artificial generativa.

As ações, movidas nos tribunais de Nova York e Massachusetts, acusam as duas empresas de infringirem direitos autorais ao utilizarem obras de artistas independentes para treinar seus modelos de IA, sem licenciamento ou qualquer tipo de remuneração. Segundo os advogados do caso, isso não afeta apenas Justice, mas milhares de artistas que também tiveram suas obras capturadas sem consentimento.


O que está em jogo?

Diferente de empresas que têm buscado acordos formais com as majors, como Universal e Warner, Suno e Udio ainda operam sem qualquer sistema claro de licenciamento para treinar seus modelos. O processo afirma que essas plataformas estão “roubando músicas” para gerar faixas similares, sem custo e sem reconhecimento aos criadores originais.


Um caso simbólico

Além da dimensão legal, a ação ganha peso simbólico: a advogada principal do caso, Lowrey Yankwich, também é cantora. Ela ressaltou em nota que os artistas independentes têm sido historicamente ignorados nas discussões sobre IA e música, e que a justiça precisa começar por garantir a eles os mesmos direitos de proteção que os grandes nomes da indústria.


O que o artista pede?

Tony Justice busca compensações que podem chegar a US$ 150 mil por obra infringida, além de uma liminar que proíba o uso contínuo de suas músicas pelas plataformas. Caso avance, esse processo pode estabelecer um precedente poderoso para os criadores que estão fora dos grandes selos.


Por que isso importa?

Essa é a primeira ação coletiva voltada especificamente à defesa de artistas independentes no contexto da IA. Em um momento em que as majors já se movimentam juridicamente contra o uso não autorizado de catálogos, essa nova frente reforça a necessidade urgente de regulação clara e justa sobre como e quando dados criativos podem ser utilizados.


O caso ainda está em fase inicial, mas a discussão já está posta: quem protege o artista independente na era da inteligência artificial?

 
 

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