As gravadoras estão negociando com a inteligência artificial
- Comunicação Music Stream
- Jun 3
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O futuro da música já está em disputa. As três maiores gravadoras do mundo (Universal Music Group, Sony Music e Warner Music Group) iniciaram negociações com as startups de geração musical por inteligência artificial Suno e Udio. O motivo? Proteger seus catálogos e garantir compensações justas em um mercado onde as máquinas já estão criando faixas que soam (e vendem) como hits humanos.

IA está aprendendo música com quem já existe
A polêmica começou quando essas startups passaram a gerar músicas com qualidade impressionante, muitas vezes imitando estilos, vozes e estruturas que lembram canções populares. O problema?Para chegar lá, as IAs foram treinadas com milhares de músicas protegidas por direitos autorais — sem permissão dos autores ou das gravadoras.
As majors reagiram. Alegaram infração e agora buscam acordos que podem se tornar precedentes para toda a indústria musical.
O que está sendo discutido?
Segundo a reportagem da Music Business Worldwide, os pontos principais das negociações incluem:
Pagamentos de licenciamento pelo uso dos catálogos no treinamento das IAs
Participações acionárias nas startups Suno e Udio
Criação de sistemas como o Content ID do YouTube, para rastrear quando obras inspiram criações feitas por IA
E o mais importante: garantir que os artistas possam optar por não ter suas músicas usadas por essas tecnologias
O que dizem as startups?
Suno e Udio afirmam que não copiam diretamente nenhuma obra protegida. Para elas, a IA apenas aprende estruturas musicais e cria conteúdo novo, sem violar direitos autorais. Elas temem que regulações severas bloqueiem a inovação e atrasem o desenvolvimento da nova geração de criadores automatizados.
Quem está criando o quê?
A grande questão é: se uma IA cria algo que só consegue criar porque ouviu milhares de músicas humanas, isso é original? A discussão coloca lado a lado a inovação tecnológica e os direitos de quem criou as bases dessa inovação.