O alerta da ABRAMUS para o mercado da música

Fernanda Audi, diretora de operações da ABRAMUS

A inteligência artificial já é uma realidade dentro do mercado musical. E junto com ela vem uma preocupação cada vez mais urgente: como proteger os direitos de quem cria?

Durante sua participação no podcast Cabos e Cases, Fernanda Audi, diretora de operações da ABRAMUS, trouxe pontos importantes sobre os desafios que a indústria da música enfrenta com o avanço das IAs generativas.

Rastreabilidade: o grande problema da vez

Um dos principais alertas feitos por Fernanda é sobre a falta de rastreabilidade nas músicas criadas por IA.

Hoje, muitas dessas ferramentas são treinadas com um volume gigantesco de obras que já existem, mas sem deixar claro quais músicas foram usadas no processo.

Sem esse controle, surge uma pergunta inevitável: como garantir que os autores das músicas originais recebam de forma justa?

Segundo Fernanda, esse é o ponto central da discussão:

“Se não houver rastreabilidade, como vamos remunerar os titulares de direito?”

O debate já é global

Essa preocupação não é exclusiva do Brasil. O tema já vem sendo discutido em vários países e agora começa a ganhar força por aqui também.

Com a tecnologia avançando rápido, o mercado precisa agir. É urgente criar ferramentas que permitam identificar o que foi usado no treinamento das IAs.

A lógica é simples: só com controle e transparência será possível proteger o trabalho de quem realmente cria.

Por que os artistas precisam ficar de olho?

A fala de Fernanda é um recado direto para quem vive de música. Se a indústria não se movimentar, muitos artistas podem perder não só receita, mas também reconhecimento pelas suas obras.

O momento é de atenção total. Tanto para artistas independentes quanto para aqueles que já estão no mainstream. A discussão sobre IA e direitos autorais já começou, e vai impactar toda a cadeia da música.